Querido Diário,
Chegamos no aeroporto e eu vi o Nick. Fiquei olhando para ele e ele para mim (ou seja, nos encarando). O David já tinha chegado. Já era hora de embarcar.
-Havaí, aí vamos nós. – Ivvy disse.
Ainda bem que eu levei meu MP4. Escutei I do not hook up da Kelly Clarkson umas 100 vezes (sem dúvida, era minha música preferida) , tomando um copão de refrigerante. Me arrependi depois, porque fiquei indo no banheiro 1 vez a cada 5 minutos.
- Tem formiga na cadeira? – Ivvy disse.
- Não, eu bebi muito refrigerante. Ops... tenho que ir...
- Tem mesmo... Eu não sei como você consegue beber tanto refrigerante.
- Velhos costumes nunca morrem.
A caminho do banheiro vi duas pessoas se beijando perto da 1ª classe. David e alguma garota do colégio. Porque todos os caras por quem eu me apaixono, ou me traem ou beijam outra? (É quase a mesma coisa, mas.....) Se bem que, a vida é dele, nós não somos nada, ele não gosta de mim, ah, deixa. Mas, eu ainda preferia o David que pagava milk shake de chocolate. Nem tive tempo de pensar em mais nada, estava tão apertada, que saí correndo pro banheiro. Depois, voltei para a minha cadeira e fiquei pensando porque minha vida é uma droga.
- Foi fabricar o banheiro? - Ivvy disse, com os olhos grudados em uma revista da Capricho. – Ou parou para ver a Miley beijando seu vizinho gato?
- O quê? – Era a Miley? Eu não notei. Se bem que, parecia um pouco... – Como você sabe disso?
- Bom, digamos que, talvez eu tenha ido procurar aminha amiga, no banheiro, e vi aquele espetáculo perto da 1ª classe.
- Uau.
Sério, a única coisa que eu precisava era beber mais um litro de refrigerante, o que me faria acordar cheia de celulite e estrias. Nessas horas que eu queria estar com... com... um pote de sorvete e barras de chocolate. O David era um completo idiota. E ele ainda tinha minhas pantufas em suas mãos.
- Amendoim ou castanhas? – A Aeromoça disse, enquanto eu lembrava das minhas pantufas de coelho.
- Os dois. – Eu disse pegando dois saquinhos.
A comida do avião era mesmo ruim, então eu bebi tanto refrigerante, mas tanto, que eu ia estourar.
- Quando você vomitar refri, ficar cheia de celulite e estrias, não diga que eu não avisei, tá? – Eu estava deprimida e a Ivvy se importando com celulites e estrias? Fiquei calada a viagem toda, e tomando refri.
Poderia me chamar de sofredora, porque eu aguentei não sei quantas horas naquele avião, sabendo que uma das minhas amigas tinha beijado um dos caras que eu gosto.
- Ai Alex, eu não agüento te ver tão triste. Levanta a cabeça e vai em frente, garota! O mundo não vai acabar por causa de dois garotos.
- Você tem razão, Ivvy. Isso não vai me abalar nem um pouco. Chega de amendoim, chega de castanhas e refri. Vou tentar me divertir mais nessa viagem.
Conversamos a viagem toda, lendo Capricho. Certo. Chegamos. Logo que chegamos, descobri que meu quarto (e da Sophia, da Jessyca, da Ivvy, da Linda e da monstrinha Amanda), ficava entre o quarto de meninos. Lamentável pra mim (as garotas adoraram).
- Vamos conhecer o hotel! Ah, e de biquíni! PRAIA!! – Ivvy disse, aparentemente bem animada. O lugar, era realmente muito lindo. A areia da praia era morninha. Dava para escutar o barulho que as ondas faziam ao bater na areia. Já estava quase para o sol se pôr. Me sentei na areia, abracei minhas pernas e fiquei olhando o mar. Não lembrei dos meus problemas, que na verdade, eram minúsculos, comparados aos problemas do mundo. Mas para mim, eu nunca consiguiria resolver eles. Uma mão quentinha me tocou no ombro. Virei a cabeça, olhei para cima e vi, que um dos meus problemas, acabara de chegar. Ele se sentou do meu lado e olhou o mar.
- Relaxante para você? – Ele disse me olhando e fazendo careta para o sol.
- Muito.
- Ainda está... com raiva de mim?
- Não. Eu sei que, se isso aconteçeu, não era para a gente ficar juntos, Nick.
- Claro que era, Alex.
- Sério? E foi por isso que você beijou outra. – eu disse, sarcástica.
- Eu não vou brigar com você, por algo que eu realmente não fiz. – Nick disse, chateado.
- Se eu não tivesse visto, eu não acreditaria, mas eu vi, Nick! Eu vi! – Eu já estava gritando. Por que ele insistia em negar? Me levantei e fui embora, mas ele me segurou.
- O que eu vou ter que fazer, para você acreditar em mim? – Ele estava próximo de mim. Me beijou. No começo eu tentei me afastar dele, mas ele me segurou. Quando ele me soltou eu disse:
- Por que fez isso? – Eu disse, pegando nos meus lábios.
- Por que eu gosto de você, Alex.
- Pára de mentir. – Eu disse, me virei e fui embora para o meu quarto. Minhas pantufas estavam em cima da cama. Embaixo delas tinha um bilhete: “ Pra você usar com o pijaminha de bolinha.”. Sem remetente. Mas eu sabia de quem era.
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Minhas Queridas Leitoras (Aê gente!!!),
Desculpem o atraso do capitulo. Devido alguns problemas técnicos, não pude postar. Tá, falando Sério. Aqui em casa está sem NET. Senti muitas saudades de postar. Por isso fiz um capitulo bem grande! Bjux!
Júh Monteiro
